Em geral, as falhas na lubrificação de motores estão diretamente associadas a um ou mais mecanismos de falha. Isso pode resultar em consumo excessivo de óleo, desgaste das peças, formação de depósitos, mudança na pressão do óleo, dificuldade na partida e a corrosão. As razões mais comuns para isso são:
- Erros de projeto: os componentes ou o próprio equipamento como um todo não corresponde às necessidades do serviço. Isso está diretamente ligado à dimensão, rotação, material, ajuste, etc.
- Erros de fabricação: quando os componentes ou a montagem é malfeita, pode resultar em folgas excessivas, trincas, concentração de tensão, etc.
- Instalação imprópria: desalinhamento, fundação, vibração e outros.
- Manutenção imprópria: utilização de materiais impróprios como o lubrificante pode causar a ruptura do filme ou sua decomposição. A ausência do lubrificante ou o excesso dele também podem levar a uma falta de controle de vibração, etc.
- Operação imprópria: é possível causar choques, ruptura do componente e sobrecargas no equipamento.
Quais são as falhas da lubrificação de motores?
- Consumo de óleo em excesso
O elevado consumo de óleo depende de vários fatores como os anéis de segmento, pistões, mancais, condições de amaciamento e principalmente o uso do motor. Quando o equipamento é novo, o consumo de óleo é sempre mais alto e este vai diminuindo a medida em que há o amaciamento.
No entanto, quando há desgastes dos cilindros, anéis de segmento e pistões, o consumo de óleo é aumentado, sendo necessário um recondicionamento e uma limpeza periódica do motor para que o equipamento trabalhe com a máxima eficiência novamente. O excesso de óleo também pode estar relacionado ao vazamento externo, geralmente no plugue de dreno, conexão do filtro de óleo, selos, gaxetas ou a unidade sensora de tomada de pressão.
Além disso, quanto menor a viscosidade de óleo, maior seu consumo para lubrificar os motores. No entanto, quando a viscosidade é um pouco mais leve, há uma economia no combustível por reduzir o atrito do motor. Portanto, é necessário avaliar individualmente as necessidades de cada motor quando um óleo é selecionado.
- Desgaste das peças
As peças vão desgastando por um processo natural e a medida que vão sendo utilizadas, e por isso é importante tomar medidas que retardem esse desgaste o máximo possível. As peças se desgastam devido ao movimento do pistão e dos anéis ao longo das paredes dos cilindros, que causa um contato metálico inevitável nas extremidades e entre as peças, em especial no topo do cilindro, onde a temperatura e a pressão gasosa são mais elevadas.
No entanto, é possível que as peças se desgastem de modo mais rápido por um processo anormal dos componentes, podendo estar relacionado a quantidade insuficiente de óleo na lubrificação do cilindro; desalinhamento do pistão, sendo impossível o acamamento dos anéis; contaminação por substâncias abrasivas; temperatura irregular que provoca o rompimento da película de óleo ou viscosidade do óleo inferior à adequada.
- Dificuldade na partida
Quanto mais o óleo for viscoso, maior será o torque de arranque, sendo que esta viscosidade está associada à baixa temperatura do motor. Quando há dificuldade no arranque, as possíveis causas para isso são: falta de combustível; falta de compressão ou má regulagem do sistema de injeção.
- Corrosão
Quando há a presença de água, há possibilidade de corrosão. Quando a umidade do ar está acima dos 85%, ácidos acabam se formando no cárter graças a presença de água, e isso acaba corroendo-o. Para solucionar este problema, limpe a peça contaminada com uma drenagem e depois incluindo o lubrificante recomendado.
- Formação nos depósitos
Tanto a fuligem quanto outros produtos podem entrar no cárter, levando esses estes elementos ao sistema de circulação, e consequentemente, formando depósitos ou borras, sendo que estes tendem a ser removidos com a circulação natural do óleo. No entanto, quando há um excesso, o óleo não consegue removê-lo, e as substâncias insolúveis ficarão acumuladas em pistões, cilindros, hastes e sedes de válvulas.
Para manter os pistões, anéis e canaletas sem os depósitos ou borras, é necessário que haja uma estabilidade de oxidação. Já entre as causas mais comuns para a formação das borras estão: excessiva contaminação do óleo do cárter; filtragem insuficiente do ar e do óleo; intervalo de troca de óleo em excesso; contaminação com água; modificar o óleo para um com elevado grau dispersante, que soltam depósitos que tenham se acumulado durante o período anterior.
- Alteração na pressão do óleo
Diretamente associada a viscosidade do óleo de motor, segue uma lista das principais razões de alterações na pressão que causam falhas na lubrificação de motores.
Alta pressão de óleo:
- Óleo com grau de viscosidade elevado.
- Óleo com baixa temperatura.
- Válvula de alívio danificada.
- Constante (K) da mola da válvula de alívio excessivamente alta (dura).
- Linha de óleo entupida.
- Sensor de pressão do óleo danificado.
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Ausência de pressão de óleo:
- Bomba de óleo inoperante.
- Entupimento na linha de sucção.
- Linhas danificadas.
- Baixo nível de óleo.
- Sensor de pressão do óleo danificado.
Pressão de óleo com flutuação:
- Baixo nível de óleo no cárter.
- Elevado grau de viscosidade do óleo.
- Tela de aspiração da bomba de óleo parcialmente entupida.
- Vazamento na linha de aspiração da bomba.
- Tomada de aspiração do óleo no cárter excessivamente alta.
- Válvula de alívio danificada.
Baixa pressão de óleo:
- Óleo diluído com combustível.
- Mancais excessivamente desgastados.
- Óleo insuficiente.
- Viscosidade do óleo inferior à adequada.
- Bomba de óleo danificada.
- Mola da válvula de alívio danificada.
- Tela de aspiração da bomba de óleo entupida.
- Vazamento na linha de descarga da bomba de óleo.
- Excessiva temperatura do óleo.
- Elevada formação de espuma.
- Sensor de pressão do óleo danificado.
Monitoramento é fundamental
Ao realizar um monitoramento frequente e com eficiência, a manutenção preditiva da análise de óleo permite identificar as causas dos desgastes e corrigí-las de modo imediato. Desse modo, é possível evitar falhas, sendo a melhor metodologia para evitar paradas desnecessárias de operações.
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